Regeneração celular: o segredo da longevidade? 

A regeneração celular consiste num processo importante para a manutenção da integridade física e funcional dos seres vivos, visto que ocorre uma proliferação de células residuais (não lesadas) que têm a capacidade de se multiplicar. Qual é o objetivo? Substituir as partes danificadas. 

Ao longo da vida de um organismo, as células regeneram-se. Mas, como parte do processo de envelhecimento, essa capacidade diminui gradualmente. Ou seja, à medida que a idade avança, a capacidade de regeneração das células, tecidos e órgãos torna-se mais reduzida e o sistema começa a perder a capacidade para responder às “agressões”. Deste modo, as células envelhecidas também perdem propriedades, deixando de atuar de forma eficiente a função que lhes foi atribuída. 

Mas, se for possível “reprogramar” as células, da mesma forma que se corrige um “bug” de um software de computador? 

A regeneração não é eterna, mas diversas investigações científicas, que estudam esta área, estão a contribuir para que a vida seja mais longa e saudável.

Neste contexto, as células estaminais, designadas também células mãe, possuem três importantes características que as distinguem das restantes células do nosso corpo:

• auto-renovação: a capacidade de originarem novas células estaminais;
  

• proliferação: o poder de se dividirem indefinidamente;
  

• diferenciação: a capacidade de se transformarem e de se diferenciarem em múltiplas linhagens celulares. 

Estas características permitem que estas células sejam utilizadas no tratamento de mais de 80 doenças, operando a nível da reparação dos tecidos e, consequentemente, no tratamento de doenças resultantes de disfunção celular. São os casos do vírus da imunodeficiência humana (HIV), doenças hemato-oncológicas e doenças do âmbito da medicina regenerativa.

A ciência revelou que existem milhares de células estaminais espalhadas em diversos tecidos do nosso organismo, nomeadamente, a medula óssea, a pele, o cérebro, o fígado, tecido adiposo e o sangue periférico. Além disso, também é possível encontrar células estaminais em tecidos neonatais, como o sangue e o tecido do cordão umbilical.

Os seres humanos têm a capacidade de renovar a maioria das suas células. Desta forma, o sistema de conservação funciona, na maioria das vezes, na sua plenitude. Por exemplo, as propriedades regenerativas do fígado tornam-o exclusivo entre os órgãos. Segundo vários investigadores, o fígado pode voltar ao tamanho normal mesmo que tenha sido removido em 90%. 

No caso concreto do órgão mais extenso do corpo, a pele apresenta um superpoder incrível: a renovação e a regeneração, sendo que o tempo aproximado em que as células demoram a se renovar é de 28 dias. Deste modo, a pele  tem a capacidade de reparar lesões superficiais (que atingem apenas a epiderme, ou seja, não provocam sangramento) como arranhões e queimaduras solares.

O papel dos suplementos alimentares na proteção e no fortalecimento das células

Os minerais e as vitaminas presentes nos suplementos alimentares são substâncias indispensáveis ao organismo, uma vez que auxiliam no bom funcionamento das células.

As vitaminas A, B2, E e C atuam como antioxidantes que, por sua vez, promovem a regeneração celular, pois combatem os radicais livres, formados diariamente no organismo como resultado do uso de oxigénio e que, quando em excesso, podem causar danos às células, potenciando o envelhecimento das mesmas.

Os minerais são também elementos essenciais na formação e na manutenção dos ossos (magnésio, cálcio, fósforo), do sangue (cobre, ferro) e do sistema imunológico (zinco), bem como na recuperação das células (selénio, zinco,).